Eu nem vou colocar introdução porque este não é um blog fofinho. São apenas meus pensamentos.
Eu fico P da vida quando esse tipo de coisa acontece. Ter de ficar dividida, entre a cruz e a espada. Eu não sei, mas desde sempre, desde que eu me conheço como gente, eu nunca consegui guardar rancor das pessoas, por mais que eu queira. Acho que aprendi isso com a minha mãe... sempre brigávamos, discutíamos feio! E alguns minutos depois tudo já estava bem entre nós duas. Como se nada, nada mesmo tivesse acontecido.
Eu sempre vejo o lado bom, e por experiência própria sei que errar é algo do ser humano, e por que não devemos perdoar? Ninguém é melhor que ninguém pra poder julgar ou ser superior à isso. Não falo isso do modo literal, é claro que tem as suas exceções, mas enfim. Eu perdôo, e perdôo, e posso ser chamada de coração mole, ou o raio que o parta, mas essa sou eu.
As pessoas estão em constante tranformação, a cada dia aprendemos, amadurecemos, a cada dia podemos ser uma nova pessoa.
É engraçado como algumas pessoas me vêem, vêem minha carcaça, um pouco tímida, quieta, observadora, e logo já julgam: Essa daí eu tenho que ensinar, ela é frágil e não deve saber o que faz, precisa de um guia.
Ledo engano meu caro. O silêncio vale ouro! Eu escuto, eu observo tudo, eu penso demais, eu analiso cada detalhe. Mas estou ali, em meu lugar. Se um dia precisar te atacar eu saberei certinho onde é seu ponto fraco.
Eu já vi muita coisa pra alguém de minha idade, e isso eu não me gabo não. Gostaria de ser mais inocente e burrinha. Acho que dessa forma eu encararia a vida de uma forma bonitinha, como vejo muita gente fazendo por aí.
Cabecinha de ovo, de balada, de beber muitooo uhuuul, de se acabar, destruir os neurônios e virar um cocô, e feder antes de morrer, e fazer desse mundo um lugar pior.
Acho que por eu ser uma pessoa muito intensa e curiosa, eu sempre quis estar à frente de tudo e de todos, e devo ter esquecido de simplesmente relaxar e deixar a cabeça livre. E por isso fui lá e vi, e fiz, e conquistei, e me ferrei, e gostei, e odiei, me choquei, vomitei, quase morri, chorei, me desesperei, tive medos absurdos, traumas, alegrias imensas... e hoje estou aqui com essa carga infinita de emoções e sentimentos explodindo dentro de mim, vazando pelas orelhas.
Sabe... quando eu falo sobre isso pra alguém, as pessoas tem a mania de dizer, aahh mas eu tbm, e vc vê que aquela pessoa nunca fez porcaria nenhuma na vida a não ser ficar na frente de um video-game, ou sei lá. Cara eu juro que vivi muito, muito mesmo. Acho que por isso hoje sou meio assim, louca, porque em determinado momento de minha vida eu me resguardei totalmente, é como se vc brecasse um carro com tudo à 150km. Eu rodei, capotei, bati e por fim fiquei estatelada no chão semi-morta.
Credo... essa é uma parte de minha vida que simplesmente quero esquecer. Estou melhor hoje, graças à minha mãe, realmente, graças à ela.
E bom... hoje eu vejo que a experiência nos faz ficar calados, somente observando, visualizando essa selva, esses rituais do ser humano. E de saco cheio também. É onde vc aprende a ficar neutro em relação à atitude de algumas pessoas. Um dia a vida se encarrega de mostrar a realidade escancarada, sangrando, pura e com duas pedras de gelo. A não ser que... voltaremos para a cabecinha de ovo.
Não, eu não me sinto "a" vivida. Sei que muitos passaram por muito, mas muito mais coisas do que eu. Eu só acho que, pela minha idade, e por uma simples comparação ao restante, é uma diferença absurda.
Enfim... acho que por enquanto é só... estou com sono.
PS: To com uma sensação estranha, é boa, mas dá muito medo.
